Inseminação em ovinos

A Inseminação Artificial em Ovinos é utilizada pelos produtores de ovinos, de maneira geral com o objetivo de proporcionar melhores condições para a implantação de programas visando ao melhoramento genético animal, aumentando a lucratividade.

O potencial do uso da Inseminação Artificial, nos ovinos, é grande, pois são precoces seus aspectos produtivos e reprodutivos. O intervalo entre as gerações na espécie ovina é muito curto. A puberdade pode ser desencadeada em algumas raças no quarto mês de idade. A gestação é de apenas cinco meses e o puerpério se completa entre 35 e 60 dias.

Em relação as raças com aptidão para a produção de carne a terminação dos cordeiros destinados ao abate pode ser alcançada entre 60 e 90 dias de idade. O ciclo estral se caracteriza por um intervalo interestro de 16 dias.

Deve-se levar em conta que a Inseminação Artificial exige requisitos mínimos de intensificação de manejo reprodutivo e condições mínimas devem ser atendidas. A escolha da modalidade de inseminação depende fundamentalmente da sua adequação ao nível tecnológico do rebanho.

A utilização de sêmen a fresco ou refrigerado requerer um maior volume de trabalho quando comparada à monta natural, representada pela detecção do estro das ovelhas a serem inseminadas, a colheita, avaliação e manipulação do sêmen e o ato com contenção individualizadas das ovelhas.

A IA com sêmen fresco ou refrigerado ao serem comparadas a com sêmen congelado, apresentam maiores chances de popularização, por requererem técnicas menos sofisticadas de deposição do sêmen no genital feminino, requerem equipamentos menos onerosos e menor rigor na cronologia do momento de inseminação. Deve-se levar em conta que a utilização de sêmen congelado possibilita uma maior pressão de seleção permitindo obter-se maior impacto sobre os programas de melhoramento genético e na dependência do estágio tecnológico do rebanho, esta vantagem supera em muito as restrições técnicas impostas à sua utilização.

As técnicas a serem utilizadas na criopreservação do sêmen ovino se equivalem as dos demais ruminantes domésticos.

Em relação à escolha da técnica de IA, uma coisa importante é que qualquer que seja a técnica utilizada, a determinação do momento da ovelha é crucial para o sucesso da inseminação, pois o óvulo tem duração de 12 a 24 horas.

Diversas técnicas de Inseminação Artificial têm sido propostas, porém a eficiência das manobras tem sido inconstante e principalmente as taxas de prenhez, as que empregam sêmen congelado apresentam-se inferiores aos da inseminação por laparoscopia.

O emprego do sêmen congelado requer inseminação intra-uterina, essa técnica consiste na deposição de pequenas quantidades de sêmen diretamente nos cornos uterinos via laparoscopia. Mundialmente a técnica de eleição é a laparoscópica, por apresentar maior rentabilidade de resultados. Diversas técnicas de transposição cervical possibilitam a deposição do sêmen no interior do útero, porém os resultados nem sempre comparáveis aos da laparoscopia permitem inferir-se hipóteses de que a manipulação cervical pode induzir efeitos ainda não conhecidos sobre a eficiência das inseminações. A taxa de concepção atingida utilizando essa técnica alcança de 65 a 80%.

A Inseminação Artificial por laparoscopia são realizadas de maneira sistemáticas entre 55 e 60 horas após a retirada dos dispositivos vaginais e aplicação do eCG, de maneira a constituir-se num sistema de inseminação artificial em tempo pré-estabelecido (IATF) com uso consagrado na espécie ovina a décadas.

 Fonte: Emparn

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 26 de novembro de 2012