A suinocultura participa de forma efetiva do cenário econômico nacional. Os cuidados com manejo na granja são aspectos de grande importância para bom desenvolvimento da atividade sempre, alerta com a saúde dos animais. O manejo reprodutivo das fêmeas, quando de sua deficiência, pode acarretar problemas graves afetando de maneira significativa, o bolso do criador. Associado a isso, as questões de sanidade representam um elo de ligação entre natalidade e mortalidade dos animais. O controle ou até mesmo a erradicação de algumas doenças, estão inseridas dentro do contexto.
É possível nos depararmos com animais acometidos por doenças virais, bacterianas gerando sinal de alerta para o produtor. Dentre as enfermidades, podemos identificar a parvovirose e a leptospirose conhecendo as formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção.
Com relação à leptospirose, consiste de uma zoonose bacteriana de ampla distribuição geográfica de grande importância do ponto de vista econômico sendo os roedores, os principais agentes transmissores dessa doença (SOBESTYANSKY, 1998). A transmissão ocorre através da penetração ativa da leptospira pelas mucosas alcançando vasos sanguíneos e linfáticos, o que facilita sua disseminação (GENOVEZ, 2007). Os animais jovens, apresentam sintomas como febre, icterícia, anorexia e hemoglobinúria já para as fêmeas reprodutoras, os problemas são mais preocupantes pois acarreta distúrbios reprodutivos como abortos, partos distócitos, mumificação de fetos, baixo número de leitões e quando muito, alta taxa de mortalidade (VASCONCELLOS, 2004).
O controle e prevenção da doença dá-se por medidas de higiene, limpeza, combate aos roedores, vacinação e tratamento por medicamentos diminuindo a presença da leptospira lançada no ambiente, reduzindo então, sua taxa de sobrevivência (DELBEM, 2004).
A parvovirose também é uma doença reprodutiva, está presente em quase sua totalidade nas granjas comerciais de todo o mundo porém, é causada por um vírus da família Parvoviridae, trazendo grandes prejuízos à criação. Essa doença afeta embriões, fetos e até animais adultos (RODRIGUEZ, 2003). A contaminação é passada através da ingestão da placenta durante o parto, contato do focinho nas fezes e secreções vaginais e sêmen (MELO, 2008). Podemos dividir em duas formas a transmissão sendo a primeira denominada de horizontal cuja disseminação é através de secreções contaminadas, fezes do ambiente e a vertical, cuja transmissão se dá pela mãe á leitegada via intra-uterina (WHITTEMORE, 1993). Essa doença causa prejuízos tanto para a fêmea quanto para os leitões a partir da presença de natimortos, baixa leitegada.
O diagnóstico realizado é através da sorologia em que permite a informação do estado imunitário do rebanho. Como profilaxia é importante o descarte de fêmeas contaminadas do rebanho, limpeza, desinfecção e vazio sanitário das instalações. A vacinação é realizada a cada 6 meses no macho e nas fêmeas é feita à aplicação de uma dose antes e após a cobertura (SOBESTYANSKY, 1999).
Autor: Rodrigo Dias Coloni- Zootecnista, Mestrado e Doutorando em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
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