O Bovino da raça indiana, também conhecido como Guzerá, chegou ao Brasil na década de 1870. Ele é natural da região do norte da península de Catiavar na Índia. Os primeiros animais foram trazidos pelo Barão de Duas Barras na capital fluminense, para transportar os pesados carroções e até vagões, abarrotados de cafés. Eles faziam o transporte pesado nas montanhas íngremes, mas também geravam carne e leite. O animal já esteve para entrar em extinção no Brasil, mas graças à ação de vários homens visionários e da tecnologia, sua reprodução voltou a ser incentivada.
Atualmente o gado Guzerá é terceira raça zebuína com maior número de animais no Brasil, mostrando um potencial grande de sua carne, mas também de leite.
O Guzerá está espalhado no Brasil por várias regiões, mas sua presença maior é no nordeste. Na região, o animal conseguiu provar a sua força e resistência: foi à única raça que sobreviveu, produtivamente, e durante os cinco anos consecutivos de seca entre 1978 e 1983. Enfrentou ainda outras secas históricas, como em 1945 e 1952.
O animal é também bastante criado no Rio de Janeiro, onde constituiu o primeiro núcleo de Zebu no país. Mas Minas Gerais, São Paulo e Goiás também se destacam na criação do Guzerá.
O peso do adulto varia em torno de 600 kg nas fêmeas e 900 kg nos machos. Apresenta ótima capacidade de caminhar longas distâncias em busca de água e de alimentos e adapta com facilidade em ambientes com pastagens de relativa baixa qualidade. Diante das características predominantes o Guzerá é indicado para o cruzamento com raças europeias, gerando animais de grande porte.
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Fonte: ABC Criadores