A cólica equina, também conhecida como abdômen agudo, é uma desordem do sistema digestivo comumente observada em cavalos. Suas causas podem ser variadas e até que se possa chegar a um diagnóstico da causa da dor abdominal vários parâmetros precisam ser avaliados.
O desconforto na região do abdômen provocado pela doença pode ser leve ou intenso, porém, se não for tratado da maneira correta, o animal poderá ir ao óbito. Por se tratar de um dos principais casos na rotina da clínica de cavalos, o médico veterinário deve saber como diagnosticar e como lidar com a enfermidade para evitar maiores problemas com a criação.
Neste artigo vamos tratar um pouco mais sobre o problema, tirando suas dúvidas e explicando como agir diante de um paciente com cólica equina.
O que é a cólica equina
A cólica nos cavalos é um termo utilizado para descrever a dor de origem abdominal, mais especificamente em disfunções do trato gastrointestinal, mas que pode abranger outros órgãos que não envolvam o mesmo. A doença é causada pela inibição da passagem intestinal ou por fermentações indesejadas.
Fatores como escassez de água, estresse causado por transporte, problemas bucais, alimentação de má qualidade, alterações súbitas na dieta e nas condições de estabulação e alimentação rica em concentrados podem desencadear a cólica equina. Todavia, qualquer equino pode ter predisposição à doença.
Existem diversos tipos de cólicas, sendo as mais comuns: colite, cólica por gases, cólica por espasmos ou espasmódica, cólica causada por parasitas, cólica de impacto e deslocamento ou torção gástrica.
Principais sinais clínicos da síndrome em cavalos
Sem dúvidas, a dor abdominal é o principal sinal da cólica equina. Entretanto, a doença provoca uma série de mudanças no comportamento do animal, podendo apresentar outros sintomas.
É preciso se atentar em casos de inquietação, sudorese, febre, alterações na postura, coloração das mucosas e aumento na frequência do pulso e da respiração. Outro comportamento que pode ser um alerta clínico de cólica é o animal patear o chão, deitar e rolar.
Diante desses sintomas é recomendado fechar o diagnóstico o quanto antes para evitar a perda do cavalo.
Como diagnosticar uma caso de cólica equina
Por apresentar diversos sintomas, o médico veterinário deve levar em conta também o histórico do animal. Avaliar alguns parâmetros também são fundamentais para a conclusão final.
Dessa forma, é recomendado observar: grau de dor e distensão abdominal, frequência cardíaca, respiratória e características do pulso, tempo de preenchimento capilar, motilidade gastrointestinal e refluxo gástrico. Além de temperatura retal e achados à palpação retal.
Pode também ser solicitada alguns exames de sangue para avaliar hematócrito, concentração plasmática de proteínas totais, concentração plasmática de fibrinogênio, contagem de leucócitos, quantificação eletrolítica, análise de gases sanguíneos, quantificação das enzimas séricas e concentração de lactato plasmático.
Para ter ainda mais precisão a ultrassonografia é o exame mais indicado, pois auxilia a verificar com exatidão todos os detalhes e dimensões dos problemas causados no aparelho digestivo.
Com o diagnóstico em mãos, o tratamento varia de acordo com a gravidade do caso. Lesões mais simples podem ser solucionadas com ajuda de terapia medicamentosa. Entretanto, casos mais graves, como o de uma torção no intestino, é recomendado que seja feita uma cirurgia imediatamente, pois o animal pode vir ao óbito em 1 hora.
Esteja preparado para um caso de cólica equina
Enfermidades que podem levar à morte exigem conhecimento e boa prática dos profissionais da medicina veterinária. Portanto, saber agir diante de um caso tão desafiador como a cólica equina requer muito aprendizado.
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Fontes: Shop Veterinário,CPT Cursos Presenciais 1,DO AMARAL, C.H, CPT Cursos Presenciais 2