Para os bovinos se reproduzirem, uma série de fatores devem ser observados, tais como: oferta de alimento, energia, proteína, minerais, vitaminas, estresse, doenças infecciosas e parasitárias. Caso esta etapa não seja cumprida, os danos podem ser diversos, desde a falta de cio até a ocorrência de abortos.
Doenças ocasionadas por parasitas causam perdas de desempenho e alterações no ciclo reprodutivo dos bovinos. A ação direta e/ou indireta dos parasitos reduz o peso dos animais, transmite doenças, como a Tristeza Parasitária Bovina (TPB) e causa estresse, provocando perdas produtivas ou mesmo mortalidade dos animais.
Outros fatores de perdas são o mau crescimento dos animais jovens, o atraso na puberdade e idade de acasalamento. A Fascíola Hepática, ou popularmente conhecida como Baratinha do Fígado ou Saguaypé, provoca lesões severas e alterações do fígado dos bovinos, afetando diversas funções, em especial, a reprodutiva.
Já o carrapato, a mosca-dos-chifres e as larvas do berne provocam perdas de desempenho tanto pelo parasitismo direto, como pela transmissão de doenças e estresse, o que leva à redução do apetite e peso, alterações na secreção de hormônios e no desejo sexual.
Estudos sobre o impacto da mosca-dos-chifres na estação reprodutiva, mostram que os níveis de prenhez em vacas tratadas sobre as não tratadas, da são 15% maior.
O controle de carrapatos durante a época de reprodução dos bovinos, indicam taxa de prenhez 20,7% maior nas vacas tratadas com fluazuron pour on (Acatak®), dos que as tratadas pelo método tradicional.
Não apenas a ação dos parasitas podem influenciar nos índices reprodutivos. Especialistas ressaltam que banhos com carrapaticidas tradicionais podem favorecer abortos ou queda no consumo de alimentos pós-banho.
Portanto, o manejo reprodutivo dos rebanhos deve seguir rotinas que envolvam uma correta nutrição, exames andrológicos para substituição de touros com problemas e a adoção de programas sanitários, dando condições à expressão da fertilidade do rebanho, traduzida por altas taxas de prenhez e natalidade e melhores condições para futura lactação e criação do bezerro.
Fonte: Saúde Animal
Adaptação: Revista Veterinária
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