Já é do conhecimento de todos os proprietários de cães de grande porte a chamada displasia coxofemoral, doença caracterizada pela incongruência e degeneração da articulação da bacia com a cabeça do fêmur. Como é muito frequente, essa displasia também acomete cães de raças médias e pequenas – e até os gatos.
Algumas justificativas existem para o aumento dos casos da doença, como:
* Acasalamento de animais que apresentam displasia (graus D e E, principalmente). Por esse motivo recomenda-se fortemente afastar da reprodução os exemplares displásicos;
* O alto grau de consanguinidade ou inbreeding (acasalamento entre animais de parentesco próximo).
Essa prática adotada por muitos criadores com o intuito de fixar características físicas desejáveis nos filhotes pode acentuar também as predisposições para doenças hereditárias.
A displasia estaria diretamente relacionada a esses fatores.
Eles determinam a predisposição ou tendência genética para o aparecimento dessa patologia. Porém, é preciso esclarecer que a predisposição genética por si só não seria capaz de provocar o aparecimento da doença.
Outros desencadeantes, atualmente, são citados nos casos de displasia, como fatores ambientais e de manejo, principalmente durante a fase de crescimento do animal.
Pode ser essa a explicação de um casal de cães saudáveis produzir filhotes com displasia. Ou ainda, da ocorrência de alguns irmãos de ninhada se tornarem severamente displásicos, enquanto outros ficam isentos da doença.
Trata-se de uma doença incurável e é convencionalmente tratada com administração de antiinflamatórios e protetores articulares, e em determinados casos, cirurgia.
Entretanto, é perfeitamente possível se prevenir e controlar a displasia. Confira neste guia alguns cuidados que podem ser tomados:
* Retardar o aparecimento da displasia coxofemoral nos animais predispostos;
* Aumentar a qualidade de vida do animal acometido;
* Prevenir o desenvolvimento da displasia nos filhotes e animais jovens.
Fonte: Web Animal
Adaptação: Revista Veterinária