Os cães talvez tenham maior empatia com os humanos do que qualquer outro animal, incluindo o próprio ser humano. Confortar pessoas angustiadas,por exemplo, pode estar mesmo implementado no cérebro canino.
Um estudo realizado recentemente por Deborah Custance e Jennifer Mayer foi publicado no Animal Cognition, o estudo concluiu que os cães podem realmente ser os melhores amigos do homem, sobretudo se a pessoa estiver angustiada, e esta não precisa ser necessariamente conhecida do cão.
Custance e a colega Jennifer Mayer, ambas do departamento de psicologia da University of London Goldsmiths College, para verificar a experiência expuseram 18 cães a 4 encontros separados de 20 segundos cada com humanos, entre os quais se encontravam tanto os donos como estranhos.
Em uma etapa da experiência, as pessoas emitiram sons para simular aflição e fizeram de conta que estavam chorando. A experiência permitiu observar que a maioria dos cães tentou confortar a pessoa, independentemente de ser o próprio dono ou um estranho. Os cães atuaram de forma submissa, aninhando-se e lambendo as pessoas. As investigadoras afirmam que este comportamento é consistente com empatia, preocupação e tentativa de dar conforto.
Deborah disse à Discovery News “Nós domesticamos os cães por um longo período de tempo e fizemos uma criação seletiva para eles se comportarem como nossos companheiros. Assim, os cães que responderam de forma sensível ás nossas pistas emocionais tiveram maiores chances de serem os escolhidos como animais de estimação e de criação”.
Sobre o que ocorre dentro da cabeça de um cão, outro estudo recente, publicado na PLoS ONE, demonstrou que o cérebro dos cães reage assim que eles observam pessoas. Neste caso, os investigadores treinaram os cães para responder a sinais gestuais que indicavam se iriam receber comida ou não. O núcleo caudado do cérebro dos cães, uma área associada à recompensa nos humanos, mostrou ativação quando os cães sabiam que iam receber comida.
“Estes resultados indicam que os cães prestam muita atenção aos gestos humanos” disse o líder da investigação Gregory Berns, diretor do Emory Center for Neuropolicy.
Apesar de este último estudo ter tido como amostra de recompensa a comida, Custance e Mayer analisam que os cães, ao longo de milhares de anos de domesticação, foram tantas vezes recompensados pela sua aproximação a pessoas angustiadas que isso pode ter ficado implementado nos seus cérebros.
Fonte: Mundo dos Animais
Adaptação: Revista Veterinária
Conheça o Curso de Iniciação para Treinamento de Cães Pastoreios