A leishmaniose canina é uma doença endêmica que também afeta o homem. É causada por um parasita denominado Leishmaniainfantum, localiza-se, sobretudo na medula óssea, nos gânglios linfáticos, no baço, no fígado e na pele. A doença é grave e fatal em cães, mas também pode ser transmitida a outros animais como os roedores e homem (zoonose). A doença é transmitida de cão para cão através da picada de pequenos mosquitos (flebótomos).
É preciso estar ciente que o maior problema da doença são as questões sócio econômicas do nosso país, ou seja, se não houver saneamento básico e alimentação adequada para todo a população, a leishmaniose ainda terá campo de atuação. Por esse ponto de vista, sacrificar os animais doentes não resolve o problema.
Os sintomas variam em cada animal acometido pela doença, o cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, blefarite e anemia. Existem sintomas também em órgãos internos, como crescimento do fígado e outras alterações.
O diagnóstico se dá por meio de exames de sangue combinados com exames clínicos, feito por médico veterinário qualificado. O teste sorológico feito pelo governo como forma de triagem não deve ser encarado como diagnóstico e, portanto, não justifica a eutanásia dos animais. O diagnóstico é complexo e necessita de maior investigação.
A prevenção da doença deve ser feita evitando o acúmulo de matéria orgânica, em que o mosquito transmissor se prolifera; colocar coleira nos animais, já que ela funciona como repelente; vacinar os animais contra a doença, a vacina previne 80 a 95% de infecções; usar repelentes no animal e no ambiente; fazer a limpeza do ambiente para evitar material orgânico; evitar passeios nos horários de crepúsculo; telar os canis.
Entretanto, o que é preciso ter-se claro é que tanto os humanos como os animais infectados, mesmo tratados, serão portadores do parasita pelo resto de suas vidas e deverão ser mantidos sob rigoroso controle. Os animais devem ter sucessivo acompanhamento do médico veterinário, fazer exames laboratoriais periódicos, a fim de verificar se o animal sustenta-se não infectante e saudável.
Fonte: Anda
Adaptação: Revista Veterinária