O site “Bicharia”, uma plataforma brasileira de crowdfunding (financiamento coletivo) com o objetivo de auxiliar no financiamento de projetos em prol dos bichos, foi criado por Flávio Steffens juntamente com o colega Marcus Sá, da Woompa, a ideia surgiu em uma empresa que atua no desenvolvimento de aplicações para internet em Porto Alegre.
O lançamento do site ocorreu este mês, é já tem na primeira fase quatro projetos em andamento. Para participar do site a pessoa que possui um projeto deve cadastrá-lo no site. A partir daí o trabalho é com os administradores da plataforma, que avaliam se as iniciativas são viáveis e se realmente servirão para melhorar a vida dos animais carentes, além da comunidade. Também é avaliado se as pessoas, ONGs ou associações têm capacidade para gerir o projeto. Por fim, o grau de criatividade também é levado em conta. Quanto mais criativo, mais chances terá de ser publicado no Bicharia.
As ideias dos projetos ficam abertas para doações de valores variados através do site. As iniciativas têm um período de 45 dias para atingir o valor solicitado, que é estabelecido pelo próprio dono do projeto. Se atingir 50%, já se habilita a receber a verba. Se não atingir os 50%, todos os apoiadores recebem o seu dinheiro de volta. A intenção do site é de publicar 8 projetos na próxima fase.
Flávio Steffens, explica “uma das coisas que não queremos é depender só de entidades, associações, ONGs. Queremos mostrar que as pessoas sozinhas também podem participar. Uma pessoa pode fazer a diferença, não precisa ser uma organização”.
No site Bicharada diferentemente das tradicionais vaquinhas online é que os colaboradores dos projetos adquirem uma cota de financiamento de R$ 10, R$ 25, R$ 50 ou R$ 100. Para cada uma das cotas, os responsáveis pelos projetos oferecem uma recompensa, que pode ser um brinde, um e-mail de agradecimento ou um desconto em alguma loja, por exemplo. É uma maneira de todos saírem ganhando.
Os administradores dão auxílio diariamente aos donos dos projetos. Segundo Flávio o apoio técnico é prestado durante cerca de 15 horas por dia.
As arrecadações já passaram de R$ 5 mil, na quinta-feira (25), os projetos da primeira etapa completaram 12 dias no ar. De acordo com os números do início da manhã, o Projeto Castracão, de São Carlos (SP), havia atingido 27%, com R$ 1.915 arrecadados. A Grife 101 Vira Latas, de Porto Alegre (RS), estava com 20%, sendo R$ 2.720 levantados. O Projeto Me Leva pra Casa?, de Hortolândia (SP), tinha 19% da meta e R$ 650. O único projeto que ainda não havia contabilizado apoios era o DogGatto, de São Paulo, capital.
A administração do dinheiro é um ponto importante e que sempre é motivo de questionamentos, os valores doados por colaboradores aos projetos da plataforma são administrados por um site específico para transações financeiras na internet, o Moip. Os criadores do Bicharia garantem segurança em tudo que envolve pagamento. O dinheiro pode ser repassado por cartão de crédito, débito em conta ou boleto bancário.
A empresa dos sócios que criaram o Bicharia recebe cerca de 10% do valor de cada projeto. A empresa que faz as transações online também fica com o valor de uma taxa cobrada pelo serviço. “Esse valor que a gente recebe é usado para investir em divulgação. Estamos tentando fazer filmagens sobre doações de animais, campanhas, encontros”, explicou Flávio.
Os projetos que podem ser inscritos são os que de execução de iniciativas de adoção e educação, criação de linha de produtos para uma ONG ou associação, exposições, documentários, emergências veterinárias e outros projetos que beneficiem os animais. O site disponibiliza um e-mail para que as pessoas tirem dúvidas e peçam o manual para o cadastro.
Fonte: G1
Adaptação: Revista Veterinária
Curso de Interpretação Ultrassonográfica em Pequenos Animais