Técnicas de OSH em pequenos animais

Técnicas de OSH em pequenos animais
foto cedida pelo grupo CENVA – CPT Cursos Presenciais

As técnicas de OSH, ovariosalpingohisterectomia, são procedimentos cirúrgicos realizados para o tratamento de afecções do trato reprodutivo e para esterilização eletiva. A cirurgia é mais realizada em clínicas e hospitais veterinários e, na maioria das vezes, em cadelas e gatas. 

Para que a ovariosalpingohisterectomia seja perfeitamente executada, o médico veterinário deve ter em mente a anatomia do aparelho reprodutor e ter profundo conhecimento dos métodos que podem ser utilizados. Uma boa execução é sempre aliada à experiência, portanto, continue a leitura deste artigo e tenha todas as informações sobre as técnicas de OSH em pequenos animais! 

Para que serve a OSH?

A OSH é o procedimento mais eficiente para evitar acasalamento indesejado, sendo uma forma de castração usada para controle populacional. Também é responsável pela diminuição do risco de diversas doenças, tais como as mamárias e uterinas, as doenças progesterona dependentes (pseudociese, hiperplasia mamária felina), as de estrogênio dependentes (hiperplasia/prolapso vaginal, estro persistente, aplasia medular) e doenças relacionadas à gestação. 

A OSH atua, ainda, na prevenção de doenças ovarianas, como tumores e cistos ovarianos. Mas, outro importante motivo para realização da cirurgia, é a para evitar a propagação de zoonoses, preservando a qualidade de vida dos seres humanos, do meio ambiente e dos próprios animais. 

Assim como em qualquer  cirurgia, a OSH pode oferecer possíveis complicações pós-cirúrgicas. Para evitar hemorragias, síndrome do ovário remanescente, incontinência urinária, entre outros, é necessário aprofundar-se nas principais técnicas e saber quais os materiais cirúrgicos devem ser utilizados.  

Principais técnicas OSH em pequenos animais

O acesso cirúrgico para realização da OSH pode ser efetuada pela linha mediana ventral, pelo flanco ou por laparoscopia. Com a presença de um médico veterinário preparado, todas estas técnicas se tornam seguras. Entretanto, optamos por tratar das duas primeiras formas cirúrgicas. 

A via de acesso mais tradicionalmente utilizada no procedimento da OSH é por celiotomia ventral da linha média, localizada no terço médio entre o púbis e o umbigo. A técnica, também conhecida como gancho devido ao auxílio do gancho de Snook durante a cirurgia, tem por objetivo oferecer incisões cada vez menores. A OSH pela linha mediana ventral demanda uma incisão de 10 a 15 cm. Em machos a castração com a técnica do gancho é realizada removendo-se o cordão espermático.

Já a abordagem lateral, pelo flanco, é uma alternativa à tradicional na linha média ventral, recomendada principalmente em casos de desenvolvimento excessivo das glândulas mamárias devido à lactação, neoplasia ou hiperplasia mamária. Ela também pode ser indicada quando o animal é feroz, pois permite a observação da ferida cirúrgica à distância. A castração pelo flanco é realizada a partir de uma incisão de 2 a 3 cm. A técnica cirúrgica é contra-indicada em qualquer distensão uterina, estro, animais obesos e em pacientes com idade inferior a 12 semanas. 

É indicada a tricotomia, raspagem do pêlo, a partir da última costela até a tuberosidade ilíaca em direção craniocaudal e das apófises transversas das vértebras lombares à prega do flanco em direção dorsoventral.  

Vantagens de um veterinário se aprimorar nas técnicas de OSH

Primeiramente, é importante que o médico veterinário estimule a castração. Já vimos que além de trazer enormes benefícios, ainda é fundamental para o controle de diversas enfermidades. Com a técnica do gancho, por exemplo, há também a redução do tempo. Assim, o médico veterinário poderá fazer um número maior de cirurgias em um único dia, bem como participar de mutirões de castração. 

As técnicas são seguras, eficientes e bastante procuradas na rotina veterinária. Como em todo procedimento, é necessário experiência e domínio de todo o processo. Investir em capacitação é o primeiro passo para ter crescimento e confiança na carreira. 

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Fontes: Rabello, Louise de Assis, Barros, Patrícia Monteiro de., Torres, Verônica Noriega, CPT



Atualizado em: 21 de setembro de 2021

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