Caracterizada pelo aparecimento de espasmos musculares tônicos e hiperexcitabilidade reflexa, o tétano é uma infecção toxica aguda causada pela bactéria Clostridium tetani, que geralmente se desenvolve a partir de feridas acidentais ou cirúrgicas que entram em contato com a terra.
Os sintomas da doença são: andar rígido; rigidez muscular generalizada, principalmente nos músculos de sustentação, o que leva a uma postura típica de “cavalete”; opistótomos; trismo (“mandíbula travada”); prolapso de terceira pálpebra;hiperestesia (sinais de espasmos musculares podem ser exacerbados por ruído, luz ou estímulo táctil súbito); febre e sudorese intensa; disfagia, sialorréia e pneumonias aspirativas e hipóxia por comprometimento dos músculos respiratórios, podendo evoluir para paradas respiratórias.
Em caso de diagnóstico positivo é necessário ter alguns cuidados com os animais doentes instalando o animal em baia escura e tranquila, com cama macia; tampar as orelhas com algodão; usar apoio externo caso o animal não consiga ficar em pé; evitar estímulos súbitos ao paciente e manter o animal hidratado.
O acesso à comida e água deve ser facilitado e se o animal não estiver se alimentando ou apresentar disfagia, a alimentação pode requerer intubação nasogástrica (com cautela, pois pode provocar mais espasmo muscular, sendo, portanto, de utilidade limitada) ou nutrição parenteral.
Para prevenir o tétano é necessário vacinar através de 2 aplicações (dose e reforço) com 4 semanas de intervalo, seguida de vacinação anual de reforço; evitar ambientes com potencial de risco; limitar ao máximo a contaminação fecal; limpar ferimentos e administrar toxóide tetânico se o animal não tiver sido vacinado nos últimos 6 meses e em ferimentos infeccionados, realizar drenagem mantendo-os abertos.
Se os animais não forem tratados pode ocorrer a morte através do esgotamento, paralisia dos órgãos internos ou pneumonia.
Fonte: Vida no Campo Online
Adaptação: Revista Veterinária
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