Você sabe o que é a toracocentese em pequenos animais? Este procedimento, que costuma ser realizado no hospital, consiste em puncionar o espaço pleural, entre o pulmão e a parede do tórax, para retirar efusão (líquido) ou pneumotórax (ar).
A toracocentese é considerada minimamente invasiva, pois não é feito o uso de anestesia geral, e sim de uma leve sedação e analgesia ou bloqueio local no ponto que será puncionado. A partir da coleta da amostra da efusão é possível que o médico veterinário realize alguns diagnósticos ou alivie algumas causas.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura do texto e saiba detalhes sobre o procedimento.
Como realizar a toracocentese em pequenos animais
A toracocentese pode ser realizada em sala de emergência, ambulatório ou à beira do leito. O procedimento consiste na introdução de uma agulha ou cateter, conectado a um sistema de aspiração ou a um conector na efusão pleural, o qual permite a aspiração permanente na área pleural entre a parede torácica e os pulmões.
O animal deve estar em posição esternal ou decúbito lateral, proporcionando que a mesma lhe cause a menor quantidade possível de dispneia durante a realização da técnica. É necessário que haja um preparo da pele para a cirurgia, raspando, limpando e desinfetando a zona para cobrí-la com panos cirúrgicos esterilizados.
Com o uso de um bisturi, realiza-se a incisão na pele, de entre 1-2 cm de comprimento. O médico veterinário introduz a agulha ou catéter de forma perpendicular à parede torácica, seguindo a margem cranial da costela.
Entre os materiais utilizados deve-se incluir ainda, uma torneira de passagem de 3 vias, um tubo de extensão, uma agulha ou catéter e uma seringa para recolher o líquido ou ar. Ao efetuar a extração de líquido pleural, será necessário separar as amostras.
Quando o médico veterinário deve optar pela técnica?
A toracocentese em pequenos animais é comumente feita em casos de derrame pleural, doença bastante frequente em cães e gatos, para efusão pleural, problema causado pela acumulação anormal de líquido pleural, ou para diversas outras condições dos animais.
Todavia, a técnica pode ter fim terapêutico ou de diagnóstico. O médico veterinário em questão deve ter claramente qual a finalidade do procedimento, pois se a toracocentese tiver fins terapêuticos, extrai-se todo o volume de fluido possível, aliviando a dispneia no animal. Já se o fim for o diagnóstico, retira-se apenas a quantidade de líquido necessário para a sua análise em laboratório.
Recomendações para o sucesso do procedimento
Assim como outros procedimentos, a toracocentese pode incluir riscos como dor na zona de punção, pneumotórax, hemotórax, empima pleural, além de reações adversas a anestesias locais. Portanto, para evitar esses problemas, o médico veterinário deve seguir algumas recomendações:
- Utilizar uma agulha ou catéter de tamanho adequado;
- Realizar uma radiografia dorso ventral antes da toracocentese, se as condições do animal permitir;
- Ter junto ao paciente todo material necessário, prontuário e exames;
- Garantir que o animal não se mova durante a inserção da agulha;
- Realizar a punção a nível das articulações condro-costais entre o 7°-9° espaços intercostais;
- Fazer a antissepsia;
- Diferenciar claramente se o objetivo é terapêutico ou é o fim do diagnóstico.
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