A pele é o maior órgão dos vertebrados, e a mesma recobre toda a superfície corporal do animal formando uma barreira entre o meio interno do animal e o meio ambiente. Esta cobertura atua como uma barreira contra a entrada de microrganismos e toxinas, e contra a saída de fluídos, eletrólitos e calor. Contudo pode-se dizer que a pele exerce um papel fundamental na defesa e na sobrevivência dos animais.
Quando ocorre interrupção da integridade anatômica, fisiológica e funcional da pele significa que ela sofreu uma lesão. As lesões cutâneas podem ser causadas por fatores extrínsecos ou intrínsecos e a sua cicatrização começa imediatamente a seu surgimento. O processo de cicatrização envolve eventos de natureza física, química e celular.
O tratamento inicial das lesões abertas é a prevenção da contaminação, desbridamento, remoção de corpos estranhos e contaminantes, oferecer uma drenagem adequada, restabelecer o leito vascular e decidir pelo método de fechamento mais adequado para cada situação. O uso de bandagem vai depender do tipo de lesão e do tipo de tratamento.
As lesões podem ser fechadas por meio da oclusão primária ou cicatrização de primeira intenção que é ideal para lesões recentes e limpas. A oclusão primária retardada é aquela que ocorre de 3 a 5 dias após o seu surgimento, enquanto que a oclusão secundária ocorre depois do surgimento do tecido de granulação. A cicatrização por segunda intenção, a mais usada na Medicina Veterinária e consiste na cicatrização por meio do tecido de granulação, contração e epitelização.
Os Médicos Veterinários que trabalham com clínica e cirurgia de pequenos animais devem estar atentos aos sinais que a ferida oferece para poder saber o melhor tratamento a ser instaurado.
Veja técnicas aplicadas no tratamento de feridas em pequenos animais e se atualize. Clique aqui.
Fonte: UFRGS