A triagem do paciente crítico é uma maneira de tratamento de acordo com a necessidade clínica ao invés da ordem de chegada. Para alguns autores, triagem pode ser definida como um processo dinâmico de decisões de forma a priorizar o acesso aos cuidados de saúde prestados pelos serviços de urgência, aumentando o número de sobreviventes.
Na medicina veterinária são consideradas duas etapas de triagem. Na primeira acontece à imediata abordagem do paciente no serviço de urgência, determinando a sua prioridade e realizando o primeiro suporte necessário. Em seguida, é feito o encaminhamento clínico. Já na segunda etapa inicia-se uma avaliação da história do paciente, seguida da implementação dos protocolos terapêuticos, sendo já executada no local do problema.
Todo o processo de triagem deve ser feito de forma rápida e eficiente, pois o veterinário está lidando com casos emergenciais. Por isso, conheça mais sobre realização de triagens e saiba como agir durante uma emergência.
Níveis de urgência e exemplos de problemas em triagem do paciente veterinário
A priorização de pacientes graves, permite um melhor cuidado aos cães e gatos, sendo uma ferramenta para organização de uma emergência, facilitando o fluxo de pacientes. Para isso, clínicas e hospitais separam os níveis de urgência. São consideradas urgentes enfermidades ou problemas que apresentam risco de vida significativo ou risco óbvio de bem estar se não for avaliado. Alguns exemplos são:
- Convulsões pela primeira vez, com duração superior a 2 minutos ou mais de uma convulsão nas últimas 6 horas;
- Colapso ou incapacidade de permanecer de pé (inclui paresia e paralisia);
- Paciente não responsivo ou que ficou rapidamente menos responsivo;
- Dificuldades respiratórias óbvias/ stress respiratório;
- Hemorragia significativa entre outros.
No segundo nível, o animal em situação potencialmente urgente precisa de cuidados que desenvolvam o compromisso no bem-estar ou risco de vida durante o período recomendado de quarentena. São considerados dentro deste nível, dificuldade respiratória moderada ou intermitente, dilatação abdominal aguda, progressiva, sinais de dor, lesão ou trauma pouco grave, lesão ocular, claudicação sem fratura óbvia, aparecimento pela primeira vez de inchaço ou massa não abdominal importante e etc.
Por fim, o último nível é considerado como não urgente no momento ou que necessita de teleconsulta. Situações assim, podem ser geridas por telefone, videoconferência ou durante consulta presencial. Fazem parte desta etapa acompanhamento de um caso em curso ou alteração do tratamento de um caso, prescrição de medicação crônica e problema novo de baixa gravidade.
Saiba aplicar uma triagem do paciente crítico veterinário de maneira efetiva
Ao contrário do que se observa nos serviços de urgência na medicina humana, a triagem na veterinária é poucas vezes aplicada, por falta de profissionais capacitados e que saibam como agir nestes casos. Na prática clínica, é comumente encontrado atendimento por ordem de chegada, não sendo feita uma triagem adequada de forma a perceber o estado clínico dos pacientes e determinar os que estão em perigo iminente de vida.
Por isso, é importante conhecer e perceber a praticabilidade dos vários sistemas de triagem, tendo em conta o tipo de serviço e o paciente, oferecendo o melhor atendimento. Isso e muito mais você aprende no Curso de Emergências e Pronto Atendimento em Pequenos Animais.
Fontes: Wsava Org, Alves. Jeaniris Feichas, Buraco. Trindade Stéphanie.