A ultrassonografia, juntamente com a palpação transretal, são fundamentais para o sucesso no processo de acompanhamento da reprodução equina, tanto em programa de prenhezes de matrizes, quanto em transferência de embriões.
A ultrassonografia possibilita a visualização das estruturas, e quando trabalhada juntamente com a palpação transretal permite de forma direta detectar alterações morfológicas e anatômicas, normais ou patológicas dos tecidos moles ou órgãos explorados, associados a eventos fisiológicos.
O exame ultrassonográfico é usado para se estimar o ciclo estral da égua, bem como determinar se está em anestro, dietro ou estro a partir da visualização de folículos, número e tamanho, associado à visualização ou não do corpo lúteo. Pela mensuração dos folículos é possível maior sucesso na programação do dia da inseminação artificial ou monta natural, o que facilita o uso dos garanhões e também do sêmen resfriado.
Folículos anovulatórios também podem ser observados, estes indicam uma condição patológica incompatível com a gestação, que pode ser encontrada em alguns animais, especialmente no início e no final da estação de monta. Dentre outras patológicas com podem ser identificadas, pela realização do exame de ultrassom transretal, destaca-se o tumor de células da granulosa.
O exame precoce de gestação da égua deve ser realizado com cautela, pois um fenômeno característico na espécie equina é a mobilidade intensa da vesícula embrionária. Assim, é importante saber que nos dias nove a onze, a vesícula pode ser detectada no corpo do útero em 60% dos casos, já nos dias doze a quatorze, em 30% dos casos, e após estes períodos, raramente, levando em consideração que a fixação do embrião ocorre na base dos cornos.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
Adaptação: Revista Veterinária