Vacinar ou não? Eis a questão!

vacinação antirrábicaEm 2010, o Ministério da Saúde (MS) utilizou, pela primeira vez em todo o território nacional, uma vacina antirrábica animal de cultivo celular, que produz uma resposta imunológica melhor, mesma vacina usada em clínicas particulares. Segundo Veterinários ela proporciona uma proteção mais rápida e duradoura. Mas os resultados não foram os melhores. Com o início da campanha, foram relatados casos de reações à vacina, inicialmente em SP e RJ. Só na capital paulista, foram diagnosticados 567 casos de reação logo nos primeiros dias da vacinação.

O Ministério da Saúde desenvolveu um sistema de monitoramento, com formulário eletrônico para notificação dos eventos, mas resultados insatisfatórios de exames laboratoriais levaram o MS a suspender a vacinação em todo o país.

Com objetivo de evitar maior incidência da raiva no território nacional, foi divulgado que o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), responsável pela produção da nova vacina, importaria três milhões de doses. Esse quantitativo se destina exclusivamente à realização de bloqueio de foco em cão, gato, morcego em área urbana e áreas de risco definidas pelo MS, até que o fornecimento regular da vacina seja completamente restabelecido.

Em relação à vacinação nacional de 2011, o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), responsável pela produção da nova vacina, juntamente com a Biovet, vai continuar sendo produtor e fornecedor das vacinas, e será mantido o sistema de monitoramento de eventos adversos adotado em 2010, com notificação em formulário eletrônico.

Segundo o Ministério da Saúde, todas as vacinas utilizadas na campanha passam por testes e, só depois de aprovadas e liberadas pelo Ministério da Agricultura, serão distribuídas para os estados.

O que fica agora é a nossa dúvida: Essa vacina é segura? O que aconteceu no ano passado poderá se repetir esse ano? Está claro que todos perdemos a enorme confiança depositada na vacina. Mas o que poderemos fazer? Deixar de vacinar os nossos amiguinhos e correr o risco de perdê-los para uma doença cruel, ou vacinar e correr o risco de perdê-los para uma vacina perigosa?

Fonte: Ministério da Saúde

Adaptação: Revista Veterinária

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