A epidemia provocada pela bactéria Escherichia coli continua se espalhando pela Europa, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já registra 35 mortes.
O uso indiscriminado de medicamentos, e sem controle, pode ter contribuído para a mutação genética desta bactéria. Tal mutação, de acordo com a mídia, tornou a bactéria extremamente agressiva ao homem e, segundo autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto é classificado como o mais grave de E. colli já registrado na Europa
A proibição da venda indiscriminada de medicamentos de uso veterinário é uma das bandeiras do CRMV-SC que, em conjunto com a VISA Estadual, está elaborando um projeto para ser encaminhado à Assembleia Legislativa.
A Escherichia coli é um habitante natural do sistema digestivo de animais de sangue quente, como frangos, bovinos, suínos, animais silvestres, assim como o próprio homem.
Em animais e pessoas saudáveis ela é mantida numa baixa população, sem causar enfermidade. Quando, porém, o organismo diminui sua imunidade, principalmente, em crianças e animais jovens, ela pode aumentar sua população e desencadear diarreias, geralmente, brandas.
Entretanto, algumas variações desta bactéria, chamadas de cepas ou sorotipos, podem apresentar características diferenciadas que a tornam mais patogênica e letal.
Além das mortes, mais de 4 mil pessoas, na Alemanha, foram contaminadas, e muitos sofrerão sequelas, ao longo da vida, com complicações renais e neurológicas.
Cerca de 100 pacientes sofreram danos renais graves, o suficiente para necessitar de transplante ou depender de diálise durante toda a vida. O manual da OMS “Controle das Doenças Transmissíveis no Homem” afirma que “as cepas evasivas e enterotoxígenas usualmente, causam doença esporádica, embora possam gerar surtos, a partir de uma origem comum”.
Afirma-se, ainda, que o reservatório do microrganismo são pessoas infectadas e animais, que, com frequência, não apresentam sintomas.
Fonte: Agenda Brasil
Adaptação: revista Veterinária
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